A sensibilidade da empresa ao mercado norte-americano tornou-a vulnerável às discussões políticas, impactando negativamente a sua cotação e, por conseguinte, o índice PSI.

Durante o mês de agosto, a EDPR registou uma das maiores quedas do índice, com uma desvalorização de 2,52%. A principal causa apontada para este desempenho foi a instabilidade gerada pelas “incertezas relacionadas com as mudanças na política de subsídios fiscais para projetos de energias renováveis nos EUA”.

Embora um dos artigos mencione que as novas regras da administração Trump foram, no final, consideradas “menos restritivas do que inicialmente esperado”, a volatilidade no setor permaneceu elevada, demonstrando a forte dependência da empresa das políticas energéticas de Washington. Esta pressão continuou no início de setembro, com a empresa a liderar as perdas do PSI em várias sessões. No dia 2 de setembro, por exemplo, as ações da EDPR caíram 3,04%, enquanto a sua empresa-mãe, a EDP, também recuou 2,13%, evidenciando o impacto do sentimento negativo em todo o grupo. Analistas destacaram repetidamente como o “grupo EDP” pressionou o índice nacional em dias de quedas generalizadas.

A situação da EDPR ilustra um risco significativo para as empresas de energias renováveis com forte exposição internacional: a sua avaliação está intrinsecamente ligada a decisões regulatórias e políticas que estão fora do seu controlo direto.