As declarações do CEO da empresa, Miguel Almeida, reforçaram esta narrativa e funcionaram como um catalisador para a subida das ações.
Com um ganho mensal de 7,9%, a NOS foi uma das empresas com melhor desempenho no PSI em agosto. Este movimento altista esteve diretamente ligado às “perspetivas de consolidação no setor das telecomunicações”.
A especulação em torno de fusões e aquisições no mercado português não é nova, mas ganhou força com as palavras do seu líder.
Miguel Almeida reiterou que a consolidação é o “destino incontornável” do setor, acrescentando um aviso de que, quanto mais tarde acontecer, “maior será o prejuízo”. Estas afirmações foram interpretadas pelo mercado como um sinal de que a empresa está ativamente a considerar o seu papel num futuro cenário de concentração de mercado, o que poderia desbloquear valor para os acionistas. A performance da empresa no início de setembro mostrou, no entanto, a volatilidade do mercado, com as ações a liderarem as perdas no dia 3, com uma quebra de 0,64%.
Ainda assim, o tema da consolidação permanece como um fator estrutural importante para a avaliação da empresa a médio e longo prazo.
O desempenho da NOS em agosto ilustra como as narrativas estratégicas, especialmente em setores maduros como as telecomunicações, podem ter um impacto tão ou mais significativo no preço das ações do que os resultados financeiros trimestrais.