Este desenvolvimento sublinha a importância das relações comerciais internacionais para o desempenho da empresa.

Durante a maior parte do mês de agosto, as ações da empresa estiveram sob pressão, culminando numa desvalorização mensal de 3,21%, o que a tornou na cotada com o pior desempenho do PSI nesse período. A principal razão para esta tendência negativa esteve relacionada com “desenvolvimentos específicos do setor”, nomeadamente o receio do impacto de medidas protecionistas no seu maior mercado de exportação. A viragem ocorreu no final do mês, quando foi confirmado que os produtos de cortiça não seriam afetados pela nova ronda de tarifas norte-americanas.

Esta notícia positiva permitiu uma recuperação significativa da cotação, demonstrando a sensibilidade do mercado a este tipo de anúncios. A situação da Corticeira Amorim é um exemplo claro de como uma empresa exportadora, mesmo sendo líder de mercado e com produtos de nicho, está exposta a riscos geopolíticos e comerciais. A isenção das tarifas foi um alívio crucial, evitando um potencial impacto negativo nas suas margens e volume de negócios nos EUA.

O episódio serve como um lembrete da interconexão entre a política comercial global e a performance de empresas específicas na bolsa de Lisboa, mesmo aquelas que operam em setores tradicionais.