Esta desvalorização ocorreu num contexto de aversão ao risco nos mercados europeus, que penalizou o setor bancário.

A última sessão da semana foi particularmente negativa para as ações do BCP, que chegaram a cair 3,48%, fechando nos 0,7108 euros. Analistas da MTrader destacaram que, num "ambiente adverso, o BCP e a Galp lideraram as quedas na praça lisboeta".

A pressão vendedora sobre o setor financeiro europeu foi exacerbada pela divulgação de dados de emprego nos EUA mais fracos do que o esperado. Embora estes dados reforcem a probabilidade de a Reserva Federal (Fed) cortar as taxas de juro, o que inicialmente favoreceu os mercados, o efeito secundário foi uma descida das 'yields' da dívida soberana, o que penaliza as margens do setor da banca e gerou receios económicos. Esta performance contrastou com o início da semana, que foi mais positivo.

Na quinta-feira, as ações tinham valorizado 1,68%, e na segunda-feira, 0,55%. Além disso, na terça-feira, foi noticiado que o banco de investimento norte-americano Morgan Stanley tinha elevado o preço-alvo das ações do BCP, mantendo uma recomendação de "compra" e perspetivando um potencial de valorização de 11%. A semana do BCP reflete, assim, uma elevada volatilidade, dividida entre o otimismo gerado por avaliações de analistas e as pressões macroeconómicas globais que impactaram negativamente o setor bancário no seu conjunto, sobrepondo-se aos fatores específicos da empresa.