A reação do mercado foi imediata, com as ações a dispararem 17% na quarta-feira, para os 7 euros.

O CFO da SAD, Nuno Catarino, justificou a medida afirmando que a cotação não refletia o valor real do clube e que a recompra é uma forma de "remunerar os acionistas" e utilizar o "excesso de liquidez". A estratégia tem múltiplos objetivos: devolver capital aos acionistas de forma fiscalmente mais eficiente do que os dividendos; consolidar o controlo do clube-mãe (que detém 63,66%) ao reduzir o capital disperso ('free float'), funcionando como uma defesa contra potenciais ofertas hostis; e oferecer maior flexibilidade financeira, uma vez que as recompras são discricionárias, ao contrário dos dividendos. Nuno Catarino sublinhou, no entanto, que não há intenção de retirar a SAD de bolsa, afirmando: "Gostamos de ser uma sociedade cotada, gostamos do exercício que isso nos obriga".