O resultado líquido de 34,4 milhões de euros representa o quarto melhor da história da SAD e quebra um ciclo de sete anos sem lucros operacionais. A solidez financeira demonstrada foi o alicerce para a segunda medida estratégica: um programa de recompra de ações próprias (buyback) com um limite de 10% do capital social, a ser executado num prazo de 18 meses. Segundo o CFO da SAD, Nuno Catarino, esta decisão visa "remunerar os acionistas" e aproveitar períodos de "excesso de liquidez", considerando que a cotação em bolsa não refletia o valor real do clube. A recompra de ações é uma forma de devolver capital aos acionistas, aumentando a sua participação relativa nos lucros futuros, e serve também como um mecanismo de defesa para consolidar a estrutura acionista e dificultar potenciais aquisições hostis. A reação dos investidores foi imediata, com as ações a dispararem 17%, atingindo o valor de 7 euros na quarta-feira, acentuando uma tendência de valorização que já se verificava desde a entrada do fundo americano Lenore Sports Partners no capital da sociedade.
