A construtora Teixeira Duarte regressou ao principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI, após nove anos de ausência, passando o índice a contar com 16 empresas. Este marco representa um ponto de viragem significativo para a empresa, simbolizando a sua recuperação financeira e operacional após um período de grandes desafios. O regresso da Teixeira Duarte ao PSI, efetivado a 22 de setembro, foi recebido com "enorme orgulho e sentido de responsabilidade" pelo presidente do Conselho de Administração, Manuel Maria Teixeira Duarte. Este evento é visto como o culminar de uma profunda reestruturação, que permitiu ao grupo regressar à rentabilidade, reforçar a margem operacional e expandir a sua carteira de encomendas. Segundo o gestor, a recuperação foi impulsionada pela "consolidação de medidas de reorganização e otimização de recursos" e por um "recente acordo realizado com a banca", que foi "muito importante para a estabilidade financeira do grupo". Este acordo, anunciado em março, envolveu o refinanciamento de 654,4 milhões de euros de dívida junto do BCP, CGD e Novo Banco, com um alongamento da maturidade e redução dos custos. A confiança do mercado reflete-se no desempenho das ações, que valorizaram 291,14% nos primeiros seis meses do ano e acumularam uma subida superior a 470% desde o início do ano, elevando a capitalização bolsista para 268,49 milhões de euros.
A carteira de encomendas atingiu 1.630 milhões de euros em junho, um aumento de 5,9% face a dezembro de 2024, incluindo projetos estratégicos como o da alta velocidade. Este regresso ao índice de referência acontece depois de a empresa ter enfrentado dificuldades significativas, nomeadamente em mercados externos como a Venezuela e a Argélia.
Em resumoO regresso da Teixeira Duarte ao PSI, nove anos depois da sua saída, não é apenas um marco simbólico, mas a confirmação de uma reviravolta bem-sucedida. A recuperação da empresa assenta numa reestruturação operacional, num refinanciamento estratégico da dívida e na expansão da carteira de encomendas, que restauraram a confiança dos investidores e impulsionaram uma notável valorização das suas ações. Este momento assinala o fim de "anos desafiantes" e o início de uma nova fase de crescimento e estabilidade para a construtora.