O desempenho da petrolífera portuguesa esteve, assim, intimamente ligado à evolução do mercado de matérias-primas. As ações da empresa valorizaram em várias sessões, com ganhos reportados de 1,09%, 1,50% e até 2,61%, contribuindo positivamente para o desempenho do índice PSI.

Esta tendência altista esteve alinhada com o comportamento do crude Brent, a referência para a Europa, que na sexta-feira fechou a semana a superar a barreira dos 70 dólares por barril, algo que não acontecia desde o final de julho.

A subida dos preços do petróleo foi atribuída a fatores geopolíticos, nomeadamente aos ataques ucranianos com drones a infraestruturas energéticas russas, como a refinaria de Afipski.

Estes incidentes geraram preocupações sobre a oferta global e afetaram o fluxo de exportações, impulsionando as cotações.

O desempenho da Galp ilustra a forte correlação entre as empresas do setor energético e os preços das 'commodities'.

A valorização dos seus produtos no mercado internacional traduz-se diretamente em maiores receitas e margens de lucro esperadas, o que atrai o interesse dos investidores e impulsiona o valor das suas ações.

Assim, a evolução da Galp em bolsa na última semana foi um reflexo direto da dinâmica do mercado petrolífero global.