Na segunda-feira, as ações chegaram a valorizar 96,83%, fechando a 0,248 euros, o valor mais elevado desde abril de 2022. O volume de negociação foi excecionalmente alto, com cerca de 14,5 milhões de ações a trocarem de mãos, o que equivale a uma parte significativa do capital em circulação livre da empresa. A tendência de subida continuou na terça-feira, com os títulos a avançarem mais 23,39%. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) chegou a suspender a negociação das ações na sexta-feira e novamente na segunda-feira para "permitir ao mercado absorver a informação".

O potencial negócio é visto como uma solução para a frágil situação financeira da Impresa, que tem sido penalizada pela dívida e por prejuízos. Fontes próximas do processo indicam que a operação poderá envolver a aquisição de uma participação de controlo na Impreger, a holding da família Balsemão, o que obrigaria ao lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da Impresa. Esta perspetiva de um prémio de aquisição para todos os acionistas alimentou a forte procura pelos títulos, resultando num aumento significativo da fortuna do fundador, Francisco Pinto Balsemão, estimada em cerca de 9 milhões de euros só na manhã de segunda-feira.