Na terça-feira, a petrolífera liderou as perdas do PSI, com uma queda de 2,63% para 16,10 euros, sendo um dos principais fatores que levaram a praça lisboeta a contrariar a tendência positiva da maioria das suas congéneres europeias.

O desempenho negativo esteve associado à descida dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Segundo o analista Ramiro Loureiro, do Millennium Investment Banking, a queda refletiu a notícia de que "um delegado da OPEP+ referiu que a 5 de outubro a organização deve discutir a aceleração da sua última ronda de aumentos de oferta [...], enquanto busca recuperar quota de mercado". Esta perspetiva de aumento da oferta gerou receios de um excesso de petróleo no mercado, penalizando as cotações do Brent e do WTI e, consequentemente, as ações das empresas do setor energético como a Galp.

A pressão sobre a empresa já se tinha sentido na segunda-feira, quando recuou cerca de 1,40%, também atribuída ao ambiente adverso no setor.

A forte correlação da Galp com os preços do petróleo evidencia a sua vulnerabilidade às dinâmicas do mercado global de energia e o seu peso determinante na evolução do índice bolsista português.