As posições a descoberto sobre o capital da empresa atingiram um nível relevante. Na segunda-feira, o Capital Fund Management comunicou uma posição a descoberto de 0,5% no capital da Mota-Engil. Com esta nova posição, o total de ações em 'short selling' subiu para 5,09 milhões, o que representa 1,66% do capital da empresa.

Este valor é significativo, pois a legislação exige a comunicação de posições curtas que ultrapassem o limiar de 0,5%. A Mota-Engil já era alvo de outros investidores com posições a descoberto, sendo esta a terceira entidade a assumir uma aposta na desvalorização dos seus títulos em cerca de um ano. A existência de 'short selling' sobre a construtora já tinha sido referida numa análise da Maxyield sobre o mês de setembro, que indicava que no final do mês existiam três sociedades do PSI com situações de vendas a descoberto, envolvendo a Mota-Engil (1,66%), a Galp (1,3%) e a NOS (0,69%). O aumento da pressão vendedora por parte destes fundos, conhecidos como 'fundos abutre', pode indicar que uma parte do mercado acredita que as ações da empresa estão sobrevalorizadas ou que antecipa desafios futuros para a construtora, apesar do seu bom desempenho anual em bolsa, onde acumula uma valorização de 75% desde o início do ano.