O acordo, que envolve a redução de preços de medicamentos em troca de isenção de tarifas, foi interpretado pelo mercado como um sinal positivo para todo o setor. O índice europeu de saúde (Stoxx 600 Europe Health Care) subiu 5,35%, o seu maior ganho diário desde abril, com várias empresas a registarem ganhos de dois dígitos.

A anglo-sueca AstraZeneca disparou 11,21%, a alemã MSD valorizou 10,05%, a suíça Roche subiu 8,52% e a francesa Sanofi avançou 8,44%.

Segundo o analista Ramiro Loureiro, “o setor farmacêutico esteve ao rubro, depois do acordo de preços da Pfizer com o Governo norte-americano, abrindo portas a acordos semelhantes de outras empresas do setor”.

A expectativa é que este acordo reduza a incerteza que tem pesado sobre as farmacêuticas devido à guerra comercial e às novas taxas alfandegárias de 100% sobre medicamentos patenteados produzidos fora dos EUA.

Analistas do JP Morgan consideraram o contrato um “termómetro em potencial para o setor que, prevemos, provavelmente será replicado pelas empresas farmacêuticas da União Europeia”.

A notícia surge no mesmo dia em que Donald Trump anunciou a criação de um 'website' chamado “TrumpRx” para 2026, destinado a permitir a compra de medicamentos com desconto pelos consumidores americanos.