A instabilidade governamental teve um impacto imediato e negativo no setor financeiro, considerado particularmente sensível ao risco político e orçamental.

Na segunda-feira, o principal índice francês, o CAC 40, chegou a cair 2%, com o setor bancário a ser um dos mais penalizados.

O Société Générale liderou as perdas com uma queda de 4,23%, seguido pelo Credit Agricole, que perdeu 3,42%, e pelo BNP Paribas, que caiu 3,21%.

A demissão de Lecornu, menos de um mês após ter assumido funções, agravou a incerteza política na segunda maior economia da Zona Euro.

Segundo analistas da XTB, “em reação imediata à demissão, o euro desvalorizou, o índice FRA 40 também reagiu negativamente e os juros da dívida pública subiram”.

O diferencial entre as 'yields' das obrigações alemãs e francesas a 10 anos atingiu o seu nível mais elevado desde janeiro do ano anterior, sinalizando uma maior perceção de risco por parte dos investidores.

A analista Kirstine Kundby-Nielsen, do Danske Bank, afirmou ser “preocupante que o novo gabinete tenha durado apenas 12 horas”, antecipando mais pressão sobre as 'yields' e o euro.