A petrolífera portuguesa demonstrou a sua sensibilidade aos fatores macroeconómicos que regem o setor energético global.

No início da semana, a Galp liderou os ganhos no índice português, com subidas que chegaram a 2,49% na segunda-feira.

Este movimento positivo foi uma reação direta à decisão da OPEP+ de acordar um novo, mas modesto, aumento na produção de petróleo bruto para novembro, de 137.000 barris diários.

Segundo a research do Millennium, o setor energético foi sustentado por esta decisão, que "permaneceu no limite inferior das expectativas", o que beneficiou os preços e, por conseguinte, as ações da Galp.

Contudo, no final da semana, a tendência inverteu-se.

Na terça-feira, a Galp liderou as perdas do PSI com uma queda de 2,63%. Este recuo refletiu a descida dos preços do petróleo, motivada por indicações de que a OPEP+ poderia discutir uma aceleração dos aumentos da oferta para recuperar quota de mercado. A volatilidade da Galp ilustra a sua forte correlação com o mercado petrolífero, sendo uma aposta que acarreta tanto os benefícios de uma subida dos preços da matéria-prima como os riscos de uma descida, tornando-a numa das cotadas mais acompanhadas pelos investidores em Lisboa.