Paralelamente, veio a público que o setor bancário português, incluindo o BCP, continua a contestar judicialmente a Contribuição sobre o Setor Bancário (CSB), um imposto em vigor desde 2011.

As ações do BCP foram um dos principais pesos negativos no índice PSI, com quedas reportadas de 0,92% na terça-feira e de 1,57% na segunda-feira. Estes recuos contribuíram para travar um maior avanço do principal índice da bolsa portuguesa, que negoceia em máximos de vários anos.

O desempenho negativo do banco ocorre num contexto em que o setor financeiro enfrenta desafios regulatórios e fiscais. Foi noticiado que os principais bancos a operar em Portugal, incluindo o BCP, têm em curso ações de impugnação nos tribunais tributários contra a CSB, uma contribuição criada como "extraordinária" em 2011, mas que se tem renovado anualmente. O BCP tem uma ação administrativa contra a Autoridade Tributária no valor de 1,8 milhões de euros. No total, as ações dos bancos contra o fisco, por diversos motivos incluindo a CSB e correções de IRC, somam mais de 115 milhões de euros.

Esta contestação fiscal persistente, aliada à pressão sobre as margens num ambiente económico incerto, pode estar a influenciar o sentimento dos investidores em relação ao setor e, em particular, ao BCP, uma das cotadas com maior liquidez no mercado nacional.