A construtora foi alvo de novas posições curtas, ao mesmo tempo que anunciava um importante contrato no Brasil, refletindo a complexa avaliação de risco e oportunidade que a empresa representa atualmente. A semana foi marcada por movimentos significativos nas ações da empresa, que lideraram as subidas em algumas sessões, com valorizações que chegaram a superar os 5%, mas também registaram quedas expressivas, como uma quebra de 3,82% a meio de uma sessão. Este desempenho misto coincidiu com a notícia de que a construtora voltou a ser alvo de investidores que apostam na queda das suas ações ('short selling'). Duas novas posições curtas foram reportadas, elevando para quatro o número de fundos com apostas negativas, que representam agora 2,16% do capital da empresa.
Analistas justificam este interesse pelo facto de a Mota-Engil ser uma "ação com liquidez no mercado e [ter] valorizado bastante nos últimos dois anos", operando em mercados com "riscos acrescidos", como explica Pedro Lino, CEO da Optimize. João Queiroz, do Banco Carregosa, acrescenta que a sua presença internacional em regiões voláteis e a atribuição de grandes contratos, como o recente com a Petrobras, atraem este tipo de estratégias. Em contrapartida, a empresa anunciou ter fechado um novo contrato com a Petrobras no valor de 4,4 mil milhões de reais, equivalente a cerca de 700 a 735 milhões de euros, um desenvolvimento positivo que impulsionou as ações em determinados momentos e reforçou a confiança de alguns gestores. Pedro Barata, da GNB Portugal Ações, mantém uma visão otimista, destacando que "a empresa tem uma equipa de gestão que está a fazer bem o seu trabalho, financeiramente é uma empresa sólida e tem vindo a conseguir mais e maiores obras".














