Este negócio, que posiciona a AMD como um fornecedor crucial para a líder em inteligência artificial (IA), gerou um forte otimismo entre os investidores e impulsionou todo o setor tecnológico.

O acordo prevê que a OpenAI utilize processadores da AMD na sua infraestrutura de IA, com uma capacidade inicial estimada em 1 gigawatt na segunda metade de 2026. Um dos aspetos mais relevantes do negócio é a possibilidade de a OpenAI adquirir até 10% da AMD através de 'warrants' ligados a metas de desempenho e preço das ações, alinhando os interesses de ambas as empresas. A reação do mercado foi imediata e expressiva: na sessão de segunda-feira, as ações da AMD chegaram a disparar 26,77% e fecharam com uma subida de 23%. Numa outra análise, refere-se que as ações abriram com uma subida próxima dos 35%.

Este entusiasmo contagiou outras empresas do ecossistema tecnológico, refletindo a crescente influência da OpenAI. No entanto, analistas como Henrique Valente, da ActivTrades Europe, levantam questões sobre a sustentabilidade do mercado, notando que "a crescente concentração do mercado em torno da OpenAI levanta questões sobre a sua sustentabilidade", dado que a empresa já celebrou acordos avaliados em cerca de um bilião de dólares e prevê perdas significativas este ano. O acordo foi anunciado num contexto em que os índices bolsistas dos EUA renovavam máximos históricos, impulsionados pelo otimismo em torno do setor tecnológico e da IA.