A turbulência começou com o Zions Bancorp, que anunciou uma imparidade de 50 milhões de dólares relacionada com dois empréstimos comerciais, e com o Western Alliance Bancorp, que revelou uma ação judicial contra um cliente por alegada fraude.

As ações das duas entidades caíram 13% e 11%, respetivamente, arrastando o índice KBW Regional Banking para a sua maior queda diária em seis meses.

O contágio foi imediato, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a recuar, pressionado pelo setor financeiro, onde bancos como o Deutsche Bank e o Barclays registaram perdas acentuadas.

Em Portugal, o BCP também foi penalizado.

O economista António José Duarte destacou que estes incidentes podem ser “sinais de fragilidades estruturais nos balanços de instituições financeiras expostas a segmentos mais vulneráveis”.

O nervosismo foi amplificado por declarações de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, que, ao comentar perdas relacionadas, avisou: “Quando se vê uma barata, provavelmente há mais”.

Como consequência, o índice de volatilidade VIX, conhecido como "índice do medo", atingiu o seu nível mais elevado desde abril, refletindo a aversão ao risco dos investidores.