A EDP e a sua subsidiária EDP Renováveis (EDPR) enfrentaram uma semana de pressão na bolsa de Lisboa, com as suas ações a negociarem em terreno negativo e a condicionarem o desempenho do índice PSI. A principal causa para este sentimento adverso foi uma revisão de recomendação por parte do banco de investimento Morgan Stanley, que pesou sobre as cotações de ambas as empresas. As ações do grupo EDP foram frequentemente citadas como as principais responsáveis pelas quedas do PSI, com descidas que chegaram a superar 1,5% em algumas sessões. Um analista do Millennium Investment Banking destacou a “reação negativa do grupo EDP às revisões por parte do Morgan Stanley, que condicionam o PSI”.
Especificamente para a EDPR, o Morgan Stanley reviu em baixa a recomendação para “equalweight” (manter), embora tenha subido o preço-alvo.
Esta avaliação mista parece não ter sido suficiente para tranquilizar os investidores, que optaram por vender as ações.
Apesar da pressão no mercado secundário, a EDPR anunciou desenvolvimentos operacionais, como a venda de uma participação num parque eólico detido numa joint venture com a Engie.
Adicionalmente, dados operacionais divulgados para o terceiro trimestre mostraram um aumento de 14% na produção de energia em termos homólogos, com a produção hídrica na Península Ibérica a superar as expectativas.
No entanto, estas notícias positivas não foram suficientes para inverter a tendência negativa das ações durante a semana, que continuaram a ser penalizadas pela avaliação do banco de investimento e pelo sentimento geral de cautela em torno do setor das energias renováveis.
Em resumoA EDP e a EDP Renováveis tiveram um desempenho negativo em bolsa, pressionadas por uma revisão de recomendação do Morgan Stanley. Embora a empresa tenha apresentado dados operacionais positivos, o sentimento do mercado foi dominado pela avaliação do banco de investimento, ilustrando a influência das análises externas na cotação das empresas.