A papeleira liderada por António Redondo reportou uma queda acentuada nos lucros, penalizada pela descida dos preços da pasta e do papel, bem como pelo aumento dos custos operacionais.
A empresa divulgou um lucro de 118 milhões de euros para os primeiros nove meses do ano, o que representa uma queda de 51% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) também recuou, atingindo 300 milhões de euros, abaixo dos 431 milhões registados um ano antes.
O mercado reagiu de forma contida, mas negativa, a estes números.
Numa das sessões após a divulgação, as ações da Navigator chegaram a perder 1,03%.
A empresa enfrenta um cenário desafiador, como já tinha sido indicado pelos resultados do primeiro semestre, que mostraram uma queda homóloga de 46% nos lucros. A apresentação das contas da Navigator foi vista como um barómetro para a restante época de resultados em Lisboa, que se prevê intensa, com a maioria das grandes cotadas a reportar nas próximas semanas. A performance da Navigator coloca em evidência os desafios que o setor industrial, em particular o das pastas e papel, enfrenta num contexto de normalização de preços após os picos registados anteriormente e de pressão inflacionária sobre os custos.














