Este movimento foi desencadeado por uma série de revisões em baixa por parte de vários bancos de investimento internacionais. A onda de pessimismo entre os analistas foi substancial, com instituições como Morgan Stanley, Deutsche Bank, JP Morgan e Citigroup a cortarem as suas recomendações para os títulos da EDP e da sua subsidiária de energias renováveis. O Deutsche Bank, por exemplo, alterou a recomendação de ambas as empresas de ‘comprar’ para ‘manter’, justificando que a EDP está “muito mais próxima da sua avaliação completa” após um forte desempenho desde maio. De facto, os dados da LSEG indicam que as ações da EDP valorizaram 42,58% este ano, enquanto as da EDPR subiram 32,67%. O JP Morgan adotou uma postura ainda mais cautelosa, colocando ambos os títulos em ‘negative catalyst watch’ e cortando a recomendação da EDP para ‘neutral’, salientando que o seu desempenho superou o setor elétrico em 22%.
A principal preocupação dos analistas centra-se no próximo Capital Markets Day (CMD), agendado para 6 de novembro.
O Citigroup expressou um “certo nervosismo” em relação ao evento, dado que a rápida reavaliação das ações nos últimos meses poderá ter criado expectativas demasiado elevadas.
O JP Morgan alertou que as expectativas para o CMD “podem sobrestimar o crescimento dos lucros a ser contribuído pela afiliada EDPR” e “subestimar a disposição da administração da EDP em orientar de forma conservadora”.
Esta confluência de reavaliações negativas gerou uma forte pressão vendedora, refletindo a preocupação do mercado de que o ciclo de valorização possa ter atingido um pico.














