A Mota-Engil vive um período de forte crescimento, consolidando-se como uma das empresas com melhor desempenho na bolsa portuguesa em 2025. As suas ações acumulam uma valorização de 97,5% este ano, elevando o valor de mercado da construtora para 1,8 mil milhões de euros, um ganho de 872 milhões desde o final de 2024. Este desempenho notável é sustentado pelo robustecimento da sua carteira de encomendas, que atingiu níveis recorde graças à adjudicação de grandes projetos de infraestruturas tanto em Portugal como no estrangeiro. Recentemente, a empresa anunciou a assinatura de novos contratos no México num valor superior a mil milhões de euros, incluindo um projeto de construção ferroviária de 820 milhões de euros. Em Portugal, a Mota-Engil lidera o consórcio que venceu o concurso para o primeiro troço da linha de Alta Velocidade, um contrato de 800 milhões de euros. A estes somam-se outros projetos de grande envergadura, como contratos de mineração em África e um túnel no Brasil.
Segundo Pedro Lino, CEO da Optimize, o mercado ainda não incorporou totalmente o potencial futuro da construção em Portugal no preço da ação. O gestor Pedro Barata, da GNB, partilha do otimismo, apontando que a empresa “tem vindo a conseguir mais e maiores obras, muitas delas com margens superiores às que conseguia no passado”.
Apesar do forte desempenho, a ação mostrou alguma volatilidade, subindo 2% na segunda-feira, mas liderando as perdas na terça-feira com uma queda de 2,29%, num movimento de realização de mais-valias.
Em resumoCom uma valorização bolsista de 97,5% em 2025, a Mota-Engil beneficia de uma 'era dourada' no setor da construção. A empresa tem garantido contratos multimilionários em Portugal (Alta Velocidade) e no México, elevando a sua carteira de encomendas para níveis recorde e gerando otimismo entre os analistas quanto ao seu futuro, apesar da volatilidade recente das suas ações.