O movimento de venda foi desencadeado por uma série de cortes de recomendação por parte de importantes bancos de investimento internacionais, que manifestaram preocupação com a valorização atingida pelos títulos. A onda de reavaliações negativas incluiu o JPMorgan, o Deutsche Bank, o Citigroup e o Morgan Stanley.
Os analistas justificaram os 'downgrades' com o facto de as ações de ambas as empresas já negociarem perto do seu valor justo, após um desempenho excecional nos últimos meses.
Segundo dados da LSEG, as ações da EDP avançaram 42,58% este ano e as da EDPR 32,67%.
Adicionalmente, existe nervosismo no mercado em relação ao 'guidance' que a administração poderá apresentar no Capital Markets Day agendado para 6 de novembro.
O JPMorgan chegou a colocar os dois títulos em 'negative catalyst watch', uma lista de ações sob vigilância por potenciais notícias negativas.
O impacto no mercado foi imediato: na segunda-feira, a EDPR fechou a perder 3,30% e a EDP caiu 2,32%, tendo ambas registado perdas superiores a 4% durante a sessão. A pressão vendedora continuou nos dias seguintes, com as ações a abrirem no vermelho tanto na terça como na quarta-feira.








