A forte valorização, que levou os títulos a máximos de três meses, seguiu-se à apresentação de resultados robustos relativos ao terceiro trimestre. A retalhista, dona do Pingo Doce, anunciou um lucro de 484 milhões de euros, representando um aumento de 10% face ao período homólogo. O desempenho foi particularmente impulsionado pela sua operação na Polónia, que continua a ser um motor de crescimento crucial para o grupo.

A reação dos investidores foi imediata e expressiva, com as ações a subirem mais de 8% logo na abertura da sessão.

O otimismo do mercado foi corroborado por diversas casas de investimento. Analistas da JB Capital Markets e do grupo Santander, por exemplo, mantiveram a recomendação de “compra” para as ações da empresa após a divulgação dos números.

O CaixaBank BPI também se mostrou mais otimista, prevendo um crescimento de 24% para o grupo.

O forte desempenho da Jerónimo Martins destacou-se num dia em que os mercados europeus negociavam em baixa, condicionados por resultados mistos de outras empresas e pela expectativa em torno das decisões de política monetária dos bancos centrais. O ganho expressivo da retalhista foi o principal responsável por manter o índice de referência português em alta, demonstrando a sua influência e peso no mercado nacional.