A Mota-Engil destacou-se na bolsa de Lisboa não só pela volatilidade das suas ações, mas também por se ter tornado a cotada do PSI com a maior percentagem de capital alvo de "short-sellers". A construtora é agora a empresa do principal índice português com a maior fatia de capital nas mãos de investidores que apostam na queda da sua cotação, atingindo 2,45%. Esta pressão vendedora surge num contexto de desempenho recente desfavorável, uma vez que a Mota-Engil foi a empresa do PSI com a maior queda em novembro, uma desvalorização de 20,9%. Esta quebra acentuada, apesar de uma valorização anual acumulada ainda expressiva de 62,9%, parece ter atraído a atenção dos "short-sellers".
Durante a última semana, o comportamento da ação refletiu esta tensão, com dias de ganhos, como na quarta-feira (+2,01%) e sexta-feira (+1,06%), a serem intercalados com perdas, como a queda de 2,23% no início da semana.
A elevada posição de vendas a descoberto sugere que uma parte significativa do mercado acredita que, apesar do bom desempenho anual, a empresa poderá enfrentar dificuldades ou que a sua cotação está sobrevalorizada, criando um cenário de incerteza e volatilidade para o título.
Em resumoA Mota-Engil enfrentou uma semana volátil, marcada pela confirmação de ser o principal alvo de vendas a descoberto no PSI. Esta situação reflete a desconfiança de alguns investidores, que contrasta com o forte desempenho acumulado da empresa no ano.