A Navigator esteve sob os holofotes depois de uma nota do banco de investimento JPMorgan ter alertado para as perspetivas difíceis do setor de papel e embalagens, gerando preocupação sobre o impacto na cotação da empresa. O alerta foi destacado pelo analista Ramiro Loureiro, que citou a nota do JPMorgan referindo que "a perspetiva para o setor de papel e embalagens continua difícil, com excesso de oferta iminente em quase todos os mercados e em quase todos os tipos de produto". Embora o analista tenha ressalvado que a casa de investimento não efetua cobertura direta do setor em Portugal, que inclui também a Altri e a Semapa, a nota negativa teve potencial para impactar o sentimento dos investidores em relação a estas empresas.
Este cenário macroeconómico adverso para o setor ajuda a contextualizar os desafios que a Navigator já enfrenta.
Nos primeiros nove meses do ano, a empresa viu os seus lucros caírem 51% para 118 milhões de euros, num "contexto internacional de forte abrandamento económico e elevada volatilidade".
A análise do JPMorgan vem assim reforçar as preocupações sobre a rentabilidade futura da Navigator, num mercado global que se antecipa desafiador devido ao desequilíbrio entre a oferta e a procura.
Em resumoUma análise setorial negativa do JPMorgan colocou pressão sobre a Navigator, alertando para um excesso de oferta no mercado global de papel. Este alerta surge num contexto já marcado por uma forte quebra de lucros da empresa, aumentando a incerteza sobre o seu desempenho futuro.