A construtora tornou-se a empresa do PSI com a maior percentagem de capital social em mãos de investidores que vendem a descoberto, atingindo um valor de 2,45%. A notícia, divulgada no dia 2 de dezembro, destaca a Mota-Engil como um dos cinco títulos do principal índice nacional a ser alvo destas posições, que foram maioritariamente constituídas entre outubro e novembro.

Este desenvolvimento contextualiza a performance recente da empresa, que, segundo a análise mensal da Maxyield, sofreu a maior queda do PSI em novembro, com uma desvalorização de 20,9%. Apesar desta pressão e da queda mensal acentuada, a construtora ainda mantém um dos melhores desempenhos anuais do índice, com uma valorização acumulada de 62,9% até ao final de novembro.

Durante a semana, o comportamento das ações foi misto.

Na terça-feira, dia 9, os títulos mantiveram-se inalterados. No entanto, nos dias anteriores, a empresa registou ganhos em várias sessões, como a subida de 1,06% na sexta-feira, dia 5, e um avanço de 2,01% na quarta-feira, dia 3, liderando os ganhos do PSI nesse dia.

Esta volatilidade sugere uma batalha entre os investidores otimistas, que olham para o forte crescimento anual e os fundamentais da empresa, e os pessimistas, representados pelos 'short-sellers', que podem estar a antecipar uma correção após a subida expressiva ou a reagir a fatores específicos da empresa ou do setor.