A Navigator esteve em destaque negativo na sexta-feira, dia 5 de dezembro, após a divulgação de uma nota de análise do JPMorgan que traça perspetivas difíceis para o setor de papel e embalagens. Embora a casa de investimento não faça cobertura direta do setor em Portugal, o seu relatório teve um impacto percetível na cotação da empresa. Segundo o analista Ramiro Loureiro, do Millennium Investment Banking, a nota do JPMorgan referia que “a perspetiva para o setor de papel e embalagens continua difícil, com excesso de oferta iminente em quase todos os mercados e em quase todos os tipos de produto”. Este alerta sobre um desequilíbrio entre oferta e procura foi suficiente para pressionar as ações da Navigator, que, juntamente com outras cotadas de peso como a REN e a EDP, contribuiu para que o PSI contrariasse o sentimento positivo das bolsas europeias nesse dia.
No entanto, o desempenho da Navigator durante a semana não foi uniformemente negativo.
Na quinta-feira, dia 4, a empresa esteve em contraciclo, liderando os ganhos a meio da sessão com uma subida de 1,12%. A análise ao mercado de novembro também oferece um quadro misto: a Navigator foi uma das quatro únicas cotadas do PSI a registar uma valorização nesse mês, com uma subida de 1,2%. Contudo, no acumulado do ano, a empresa apresenta uma das maiores quedas do índice, com uma desvalorização de 15,3% até ao final de novembro.
Esta dualidade sugere que, embora a empresa possa ter recuperado ligeiramente no curto prazo, as preocupações macroeconómicas e setoriais a longo prazo continuam a pesar sobre o sentimento dos investidores.
Em resumoA Navigator foi negativamente impactada por uma nota do JPMorgan que aponta para um excesso de oferta no setor do papel, pressionando as suas ações. Apesar de uma ligeira recuperação em novembro, o desempenho anual da empresa permanece negativo, refletindo as preocupações setoriais a longo prazo.