A produção utiliza o humor e o absurdo para tecer uma crítica acutilante aos vícios da sociedade contemporânea.
"FELP" é descrita como uma alegoria sobre desigualdade e exclusão, onde os bonecos de peluche fundam a "Frente Espetacular pela Liberdade Peluda" para exigir direitos básicos, como representação política ou acesso a programas de lavagem para "Delicados". A série, da autoria de Manuel Pureza, Henrique Dias e Rui Melo, herda a irreverência de "Pôr do Sol", mas troca a paródia à telenovela pela sátira política e social.
O enredo aborda temas como a burocracia, a política-espetáculo e a violência normalizada contra quem é visto como "menos humano".
O contraste entre a banalidade do quotidiano e a presença de peluches a interagir com humanos cria um efeito cómico e desarmante.
O elenco humano inclui nomes como Anabela Moreira, Diogo Morgado e Diana Nicolau, que contracenam com cerca de 40 marionetas construídas pela companhia S.A. Marionetas. A atriz Diana Nicolau sublinha que a série tem um gosto especial porque "fala-se a brincar de coisas muito sérias".
A produção é elogiada pela sua capacidade de usar o absurdo como uma lente para discutir temas profundos, tornando-se uma das propostas mais inusitadas e críticas da televisão portuguesa recente.