A sugestão, vinda de um executivo da Kadokawa, gerou controvérsia e motivou uma crítica direta de Elon Musk, refletindo as tensões entre a integridade artística e as estratégias comerciais no mercado de streaming.

O debate foi iniciado por Daijo Kudo, um dos principais responsáveis pelo anime na Kadokawa, que defendeu que as produtoras japonesas deveriam começar a criar animações "pensadas para os gostos ocidentais" para crescer a nível global. Esta perspetiva surge num contexto em que o domínio da plataforma Crunchyroll no mercado ocidental alterou a dinâmica de receitas para os estúdios japoneses, que anteriormente beneficiavam de um maior impulso dos serviços de streaming dos Estados Unidos. A proposta de adaptação de temáticas e estilos para agradar a uma audiência internacional foi, no entanto, recebida com ceticismo. Elon Musk utilizou a sua plataforma social, a X, para criticar o apelo para "censurar a mangá e anime no Japão para se adaptar aos padrões globais", argumentando contra a diluição da identidade cultural em prol de uma maior audiência. Esta discussão evidencia um conflito central na globalização dos media: o equilíbrio entre a maximização do alcance comercial, uma prioridade para plataformas como a Netflix, e a preservação da autenticidade cultural que define o anime como uma forma de arte distinta.