A suspensão do programa "Jimmy Kimmel Live!"

foi desencadeada por comentários do apresentador sobre o assassínio do ativista conservador Charlie Kirk, nos quais acusou a direita norte-americana de explorar politicamente a tragédia.

A polémica escalou rapidamente com a intervenção do regulador da radiodifusão (FCC), cujo líder, Brendan Carr, ameaçou revogar as licenças das estações que transmitissem o programa.

Esta pressão, aliada a um apelo direto do Presidente Donald Trump, que celebrou a suspensão como "uma grande notícia para a América", levou a que grandes grupos de emissoras, como a Sinclair e a Nexstar, boicotassem o programa.

A decisão da ABC, detida pela Disney, de suspender o programa gerou uma forte reação pública, com protestos, apelos ao boicote da Disney+ e uma carta aberta assinada por centenas de estrelas de Hollywood.

Após "conversas ponderadas", a ABC reverteu a decisão.

No seu regresso, Kimmel, visivelmente emocionado, pediu desculpa, afirmando que "nunca foi minha intenção menosprezar o assassínio de um jovem", mas também criticou duramente Trump: "Ele [Trump] fez tudo para cancelar o meu programa, mas, em vez disso, forçou milhões de pessoas a assistir". O programa de regresso atingiu a "maior audiência da década", com quase 6,3 milhões de telespetadores, apesar de o boicote se manter em várias cidades.