A série de animação satírica "South Park" voltou a visar figuras políticas proeminentes no seu mais recente episódio, desta vez com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a juntar-se a Donald Trump como alvo de críticas. O episódio aborda temas como o antissemitismo, o conflito em Gaza e a liberdade de expressão, mantendo a sua tradição de comentário social mordaz e controverso. No quinto episódio da 27.ª temporada, a trama explora a forma como o conflito em Gaza é trivializado através de aplicações de apostas, com os protagonistas a depararem-se com uma aposta chocante: "Será que a mãe do Kyle vai bombardear Gaza e destruir um hospital palestiniano?".
A situação leva a mãe de Kyle, Sheila, a viajar até Israel para confrontar diretamente Benjamin Netanyahu.
Numa cena de forte carga crítica, ela acusa-o: "Quem pensa que é?
Matar milhares de pessoas, arrasar bairros inteiros e depois embrulhar-se no judaísmo como se fosse um escudo contra críticas".
Sheila conclui, afirmando que as suas ações estão a tornar "a vida dos judeus miserável e a dos judeus americanos impossível".
O episódio estabelece ainda uma ligação com a atualidade norte-americana, ao incluir uma subtrama envolvendo Donald Trump e Brendan Carr, o comissário da FCC que pressionou a ABC a cancelar o programa de Jimmy Kimmel, tecendo assim uma crítica mais ampla sobre a liberdade de expressão e a instrumentalização política.
Em resumo"South Park" continua o seu legado de sátira política destemida ao abordar diretamente o sensível conflito em Gaza e ao criticar o primeiro-ministro israelita. Ao interligar esta narrativa com a recente polémica de Jimmy Kimmel, a série oferece um comentário em várias camadas sobre poder, manipulação mediática e a utilização da identidade como arma no discurso contemporâneo.