A obra de ficção, escrita por Patrícia Müller, é abertamente inspirada no caso do arquiteto Tomás Taveira, cujas gravações de cariz sexual com várias mulheres foram divulgadas publicamente, chocando a sociedade portuguesa.
No entanto, a autora da série sublinha que o seu objetivo não foi focar-se na figura individual, mas sim usar o caso como um ponto de partida para analisar uma cultura mais vasta.
Em entrevista, Müller afirmou: "Não me interessa o Tomás Taveira.
Foi apenas um peão no meio de uma cultura que temos que combater.
Porque é um fantasma coletivo".
A série foi exibida diariamente na TVI, uma estratégia de programação que gerou críticas por parte dos espetadores, que consideraram que o formato semanal seria mais adequado. A sua disponibilidade na plataforma de streaming Prime Video confere-lhe um alcance internacional, permitindo que a história e os temas que aborda transcendam as fronteiras nacionais.
A produção foi elogiada por revisitar um passado traumático da sociedade portuguesa, mas também criticada por reavivar frases e atitudes que ativistas consideram perpetuar uma cultura de desvalorização das vítimas de abuso.














