A controvérsia adensou-se com a tentativa do próprio Taveira de impedir a sua transmissão, levantando um debate sobre os limites entre ficção e realidade.
Tomás Taveira recorreu a uma providência cautelar para tentar travar a emissão da série, mas o pedido foi negado.
A TVI defendeu-se afirmando que a obra é uma ficção e que “qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência”, sublinhando que o objetivo era abordar “temas universais e atuais” como o abuso de poder e o assédio sexual, sem retratar diretamente o caso específico do arquiteto.
Apesar da controvérsia, a série estreou com sucesso.
O ator protagonista, Rui Melo, reagiu às críticas divididas do público, afirmando que o seu interesse era promover “a discussão, o dedo na ferida.
E a denúncia”, concluindo que “valeu a pena”.
Numa outra entrevista, Melo chegou a afirmar que não sabia quem era Tomás Taveira, para evitar comparações diretas na sua interpretação.
A produção suscitou uma ampla discussão na sociedade portuguesa, não só sobre o caso Taveira, mas também sobre o movimento #MeToo em Portugal, a cultura de violação e a responsabilidade ética da ficção ao revisitar traumas coletivos.
A série foi criticada por alguns por não admitir abertamente a sua fonte de inspiração, o que, segundo um artigo de opinião, a torna “complacente”.














