Discovery, com a Netflix e a Paramount a apresentarem propostas concorrentes que prometem redefinir o futuro do streaming.
Esta batalha corporativa não só envolve valores astronómicos, mas também levanta sérias questões sobre a concentração do mercado e o futuro da produção cinematográfica e televisiva.
A contenda iniciou-se com um acordo anunciado entre a Netflix e a Warner Bros., no qual a gigante do streaming se comprometeu a adquirir os estúdios, a HBO e a HBO Max por 82,7 mil milhões de dólares. No entanto, a Paramount Skydance entrou na disputa com uma oferta hostil de 108,4 mil milhões de dólares pela totalidade da Warner Bros.
Discovery.
O conselho de administração da Warner recomendou aos seus acionistas a rejeição da proposta da Paramount, classificando-a como “inferior” e “ilusória”, e favorecendo o acordo com a Netflix.
Em resposta, a Paramount reafirmou a sua oferta como “superior”, destacando a “certeza de 100% em dinheiro e nenhuma exposição às flutuações do mercado de ações”.
A potencial fusão gerou preocupações significativas em vários setores.
O Sindicato dos Argumentistas da América (WGA) e senadores norte-americanos alertaram para possíveis violações das leis anticoncentração e para o risco de aumento de preços para os consumidores. A União Internacional de Cinemas (UIC) expressou a sua “forte oposição”, temendo uma redução do número de filmes exibidos nas salas de cinema.
A presidente executiva da UIC, Laura Houlgatte, afirmou que, caso o negócio se concretize, representará “um risco a dobrar”.
Perante a agitação, os diretores executivos da Netflix, Greg Peters e Ted Sarandos, enviaram uma carta aos trabalhadores garantindo que não haverá encerramento de estúdios nem sobreposição de funções, visando “fortalecer um dos estúdios mais icónicos de Hollywood”.














