A controvérsia reduziu o número de nações concorrentes para 35, o mais baixo desde 2004, e gerou um intenso debate sobre a neutralidade política do concurso. Cinco emissoras públicas — de Espanha, Irlanda, Países Baixos, Islândia e Eslovénia — anunciaram a sua retirada do concurso, argumentando que a sua presença seria incompatível com o elevado número de civis mortos em Gaza. A decisão da União Europeia de Radiodifusão (UER) de manter Israel em competição provocou uma onda de protestos em toda a Europa. Em Portugal, a maioria dos artistas selecionados para o Festival da Canção anunciou a recusa em representar o país caso vençam, numa tomada de posição contra a decisão da RTP de participar.

Adicionalmente, Nemo, o artista suíço que venceu a edição de 2024, anunciou que iria devolver o seu troféu em protesto, afirmando que “se os valores que celebramos em palco não são vividos fora dele, até as mais belas canções perdem o sentido”. Em contraste, a emissora pública austríaca ORF, anfitriã do evento, garantiu que não irá proibir bandeiras palestinianas nem abafar vaias dirigidas à atuação de Israel.

Um produtor executivo do concurso afirmou: “A nossa tarefa é mostrar as coisas como elas são”, assegurando que não serão utilizados aplausos artificiais para mascarar a reação do público.