A transição ocorrerá após a 100.ª edição da cerimónia, em 2028, com o novo acordo com o YouTube a vigorar entre 2029 e 2033.

Esta mudança estratégica é vista como uma resposta direta à acentuada queda nas audiências televisivas, que atingiram um pico de 55 milhões de espectadores em 1998 e hoje rondam os 20 milhões. Ao migrar para o YouTube, que conta com mais de 2 mil milhões de utilizadores mensais ativos, a Academia procura alcançar uma audiência global mais vasta e jovem. A transmissão na plataforma será gratuita e incluirá não só o evento principal, mas também a cobertura da passadeira vermelha e conteúdos de bastidores, com suporte para legendas e dobragem em vários idiomas, embora com a inserção de anúncios.

O CEO do YouTube, Neal Mohan, declarou que a parceria visa inspirar "uma nova geração de criativos e cinéfilos", enquanto o CEO da Academia, Bill Kramer, sublinhou que a mudança permitirá "expandir o acesso ao trabalho da Academia à maior audiência global possível". A decisão surpreendeu o mercado, incluindo a Disney, proprietária da ABC, que, segundo a Variety, esperava que a NBCUniversal ficasse com os direitos. A oferta do YouTube, na ordem das centenas de milhares de dólares, superou largamente a da Disney, que reviu em baixa o valor que pagava anualmente.