A redução deve-se ao boicote de cinco nações — Espanha, Irlanda, Países Baixos, Eslovénia e Islândia — em protesto contra a manutenção de Israel no concurso, face à ofensiva militar em Gaza.

A controvérsia transformou o evento musical num palco de tensão diplomática.

Os países que boicotam o festival argumentam que a sua presença seria incompatível com o elevado número de vítimas civis no conflito. Em Portugal, a maioria dos artistas selecionados para o Festival da Canção anunciou que recusará representar o país caso vença, em solidariedade com a causa palestiniana.

A emissora pública austríaca ORF, anfitriã do evento, adotou uma postura de transparência, garantindo que não irá proibir a exibição de bandeiras palestinianas na plateia nem utilizar mecanismos para abafar eventuais vaias durante a atuação de Israel, uma prática adotada em edições anteriores.

O produtor executivo, Michael Kroen, afirmou: "Não vamos dourar a pílula nem evitar mostrar o que está a acontecer, porque a nossa tarefa é mostrar as coisas como elas são".

Esta posição contrasta com a de edições passadas e reflete a crescente politização do concurso.

A polémica intensificou-se com o anúncio de Nemo, artista da Suíça que venceu a edição de 2024, de que irá devolver o troféu em protesto, afirmando que "o troféu já não tem lugar na [sua] estante".