As discussões centram-se na possibilidade de um acordo que fixe tarifas recíprocas em 15%, semelhante ao entendimento alcançado com o Japão, o que representaria um alívio face à ameaça inicial de 30% feita pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Fontes citadas em vários artigos indicam que um acordo está "ao nosso alcance", podendo incluir isenções para setores-chave como aeronaves, bebidas espirituosas e dispositivos médicos. No entanto, a UE não descarta um cenário de falha nas negociações e já preparou uma resposta robusta. A Comissão Europeia adotou uma lista de contramedidas no valor de 93 mil milhões de euros, que entrariam em vigor a 7 de agosto, caso Washington avance unilateralmente. A presidente do BCE, Christine Lagarde, expressou a sua preocupação com o clima de incerteza, afirmando que "quanto mais cedo esta incerteza comercial for resolvida [...], com menos incerteza teremos de lidar, e isso seria bem recebido por qualquer agente económico, incluindo nós próprios". A instabilidade comercial foi um dos fatores que levou o BCE a fazer uma pausa no seu ciclo de descidas das taxas de juro, adotando uma postura de "esperar para ver" enquanto aguarda maior clareza sobre o impacto das tarifas na inflação e no crescimento económico da Zona Euro.
