O impacto da política protecionista de Donald Trump foi um dos principais fatores para os maus resultados da Porsche e da Audi, levando o grupo a rever em baixa as suas previsões de rentabilidade e faturação para 2025. A margem de lucro operacional para este ano é agora estimada entre 4% e 5%, abaixo da projeção anterior de 5,5% a 6,5%. O CEO do grupo, Oliver Blume, reconheceu os "grandes desafios" e sublinhou a necessidade de intensificar os esforços de redução de custos. "Precisamos de acelerar os nossos esforços de redução de custos e acelerar a implementação. Afinal, não podemos assumir que a situação das tarifas é apenas temporária", afirmou Blume aos investidores. O impacto estendeu-se também à Traton, que agrupa os veículos comerciais, cujo lucro operacional baixou devido à redução do transporte de mercadorias nos EUA e, consequentemente, das novas encomendas de camiões. Curiosamente, um analista notou que, apesar de a Volkswagen ter cortado o seu 'outlook' com base numa tarifa de 27,5%, o mercado acredita que a taxa final poderá ser inferior, em linha com o acordo de 15% com o Japão, o que levou a uma subida momentânea das ações.
