A ameaça de taxas punitivas sobre medicamentos importados, caso as empresas não invistam nos EUA, levou a uma onda de anúncios de investimento. A Johnson & Johnson revelou planos de mais de 55 mil milhões de dólares nos próximos quatro anos, um aumento de 25%. A suíça Novartis confirmou um investimento de 23 mil milhões de dólares em cinco anos, com o objetivo de que "todos os principais medicamentos da Novartis para doentes americanos sejam produzidos nos Estados Unidos". A AstraZeneca anunciou um investimento de 50 mil milhões de dólares até 2030, enquanto a Biogen planeia investir mais de dois mil milhões. O mercado norte-americano é crucial para as exportações farmacêuticas da UE, que totalizaram mais de 120 mil milhões de euros em 2024. Para Portugal, as vendas para os EUA representam o maior negócio nesse mercado, ultrapassando 1,2 mil milhões de euros anuais. Alexander Natz, da Confederação Europeia de Empreendedores Farmacêuticos, considera que estes anúncios mostram que as empresas estão a levar a sério a negociação com a Casa Branca.
