A iminência do prazo estabelecido pela administração Trump para a aplicação de tarifas agravadas, que poderão chegar aos 30%, colocou uma pressão significativa sobre Bruxelas. Fontes diplomáticas e da Comissão Europeia indicam que existe um "diálogo intenso" com Washington, com a esperança de que "um resultado está ao nosso alcance". A proposta em cima da mesa parece centrar-se numa tarifa base de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, um valor consideravelmente inferior à ameaça inicial, mas que ainda representa um aumento face às taxas atuais. O Presidente Donald Trump descreveu a probabilidade de um acordo como de "'50-50'", acrescentando que Bruxelas queria "muito fechar um acordo". A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá reunir-se com Trump na Escócia durante o fim de semana para tentar finalizar os termos. A incerteza em torno destas negociações tem sido um fator de instabilidade, influenciando as decisões do Banco Central Europeu, que, segundo a sua presidente Christine Lagarde, acolheria com agrado uma resolução rápida para diminuir a volatilidade nos mercados. O setor automóvel, em particular, aguarda com expectativa um desfecho, dado o seu elevado grau de exposição às trocas comerciais com os EUA.
