menulogo
Notícias Agora
user
Economia July 26, 2025

Brasil Contesta Tarifas Americanas na OMC e Vê Oportunidade no Acordo UE-Mercosul

O Brasil reagiu formalmente à ameaça de tarifas de 50% sobre os seus produtos por parte dos Estados Unidos, apresentando uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC). A diplomacia brasileira classificou as sobretaxas anunciadas por Donald Trump como "arbitrárias", enquanto o setor empresarial procura formas de mitigar os potenciais impactos económicos.

News ImageNews ImageNews Image

A queixa na OMC representa uma escalada na resposta do Brasil, que procura levar a disputa para o campo comercial e multilateral, distanciando-se das justificações políticas apresentadas por Washington. Internamente, a ameaça tarifária está a ser vista por alguns setores como um catalisador para acelerar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que se arrasta há décadas. Otacílio Soares da Silva Filho, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, defende que este cenário representa uma "oportunidade estratégica" para uma reaproximação "urgente" entre os dois blocos. Empresas como a gigante de motores elétricos Weg já admitem a possibilidade de usar a sua fábrica em Portugal para contornar as tarifas e continuar a exportar para o mercado norte-americano, demonstrando a agilidade do setor privado na busca por soluções. O governo brasileiro, por sua vez, tenta mobilizar o tecido empresarial americano, alertando para o impacto que as sobretaxas teriam em produtos essenciais como café, sumo de laranja e petróleo.

ai briefingEm resumo
A resposta do Brasil às ameaças tarifárias dos EUA combina a via diplomática, através da OMC, com a reorientação estratégica, procurando acelerar o acordo com a UE. A situação evidencia a vulnerabilidade da economia brasileira ao protecionismo, mas também a sua capacidade de procurar alternativas estratégicas para manter o acesso a mercados-chave.

Artigos

4
Close