A semana foi marcada por um "diálogo intenso" entre Bruxelas e Washington, com vista a evitar uma escalada na guerra comercial. Fontes diplomáticas indicam que um acordo está "próximo", prevendo uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, com isenções para setores como a aeronáutica, bebidas espirituosas e alguns medicamentos. Este entendimento seria semelhante ao já alcançado com o Japão e representaria um alívio face à ameaça do Presidente Donald Trump de impor taxas de 30% a partir de 1 de agosto. O próprio Trump admitiu haver uma probabilidade de "50-50" de se chegar a um acordo, que classificou como potencialmente "o maior de todos". No entanto, a incerteza levou a UE a adotar formalmente um pacote de contramedidas no valor de 93 mil milhões de euros, que entrará em vigor a 7 de agosto se as negociações falharem. A presidente do BCE, Christine Lagarde, apelou a uma resolução rápida, afirmando que "quanto mais cedo esta incerteza comercial for resolvida [...], com menos incerteza teremos de lidar, e isso seria bem recebido por qualquer agente económico, incluindo nós próprios". A situação levou o BCE a manter as taxas de juro, numa pausa justificada pelo "ambiente tarifário e geopolítico internacional". A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá reunir-se com Donald Trump na Escócia este fim de semana para tentar selar um compromisso.
