A construtora automóvel alemã anunciou uma quebra de 36,6% no lucro líquido atribuível no primeiro semestre, para 4,005 mil milhões de euros, atribuindo diretamente os resultados aos custos de reestruturação e aos investimentos para cumprir metas de CO2, bem como ao impacto da política protecionista de Donald Trump. A empresa quantificou o custo das tarifas sobre os seus automóveis nos EUA em aproximadamente 1,3 mil milhões de euros. Como consequência, o grupo reviu em baixa as suas previsões de rentabilidade e faturação para o ano, apontando os maus resultados da Porsche e da Audi, cujos lucros operacionais caíram 71,3% e 45%, respetivamente. O CEO do grupo, Oliver Blume, afirmou que a Volkswagen manteve a sua posição "num ambiente extremamente desafiador" e que a empresa precisa de "acelerar os esforços de redução de custos". A empresa espera agora que a sua margem de lucro operacional para 2025 se situe entre 4% e 5%, abaixo da previsão anterior de 5,5% a 6,5%, assumindo que as tarifas se manterão nos níveis atuais. A Volkswagen manifestou ainda a esperança de conseguir um acordo em separado com a Casa Branca que implique uma tarifa inferior a 15%.
