A Câmara de Comércio americana alertou que a tarifa proposta "afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos", elevando custos e reduzindo a competitividade. Empresas como a Johanna Foods e a Johanna Beverages, que distribuem sumo de laranja, já recorreram ao Tribunal de Comércio Internacional para anular a medida. O Brasil representa entre 65% a 70% das importações de sumo de laranja dos EUA e é o maior fornecedor de café. A gigante industrial brasileira Weg está a avaliar a possibilidade de usar a sua fábrica em Santo Tirso, Portugal, para contornar as tarifas, um plano que, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, Otacílio Soares da Silva Filho, evidencia a urgência de uma reaproximação entre o Mercosul e a UE. O governo brasileiro tenta manter as negociações no campo comercial, apesar de Trump ter vinculado as tarifas a questões políticas, o que foi classificado por Lula da Silva como uma "tentativa de interferência e ataque à soberania do Brasil".
