Desde março, dezenas de grupos farmacêuticos, incluindo gigantes como Johnson & Johnson, Novartis, Roche e Biogen, anunciaram planos de expansão em território norte-americano. A Johnson & Johnson revelou investimentos de mais de 55 mil milhões de dólares nos próximos quatro anos, um aumento de 25%. A suíça Novartis confirmou um plano de 23 mil milhões de dólares para garantir que "todos os principais medicamentos da Novartis para doentes americanos sejam produzidos nos Estados Unidos". O mercado norte-americano é crucial para a indústria europeia, representando mais de 120 mil milhões de euros em exportações de medicamentos em 2024, segundo o Eurostat. Para Portugal, as vendas farmacêuticas para os EUA superam 1,2 mil milhões de euros anuais, sendo o principal negócio nacional nesse mercado. Alexander Natz, secretário-geral da Confederação Europeia de Empreendedores Farmacêuticos (EUCOPE), considera que estes anúncios mostram que as empresas estão a levar a sério a ameaça de Trump, que deu um prazo de "um ano, um ano e meio" para que os investimentos fossem feitos.
