O primeiro-ministro francês, François Bayrou, adotou o tom mais crítico, considerando o dia do acordo "um dia sombrio" em que uma "aliança de povos livres (...) se resigna à submissão". Esta visão foi partilhada por outros membros do governo. Os ministros do Comércio Externo e dos Assuntos Europeus, Laurent Saint-Martin e Benjamin Haddad, lamentaram um acordo "desequilibrado", apontando a ausência de contrapartidas no setor dos serviços, especialmente os digitais, onde os EUA detêm um excedente comercial. Saint-Martin sublinhou que "há uma questão política por detrás disto" e que a Europa precisa de se afirmar como uma potência económica. O governo francês apelou à Comissão Europeia para que prepare "medidas de apoio para os setores mais afetados", como os vinhos, queijos e cosméticos, e defendeu a isenção de setores-chave como a aeronáutica. O ministro da Indústria, Marc Ferracci, reforçou a necessidade de usar "todas as ferramentas à sua disposição", incluindo a limitação do acesso de empresas norte-americanas a concursos públicos europeus, para reequilibrar a negociação técnica que se seguirá nas próximas semanas.
