O acordo foi apresentado como um passo crucial para a estabilidade das relações transatlânticas. Donald Trump descreveu-o como “o maior acordo alguma vez feito”, enquanto Ursula von der Leyen admitiu que foi uma negociação difícil, afirmando que o resultado foi “o melhor que conseguimos obter” e que este traria “estabilidade e previsibilidade”. O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, reforçou esta perspetiva, garantindo estar “100% de certeza que este acordo é melhor do que uma guerra comercial com os EUA”. Como contrapartida, a UE comprometeu-se a realizar compras massivas de energia norte-americana, no valor de 750 mil milhões de dólares ao longo de três anos, e a investir 600 mil milhões de dólares adicionais nos EUA, além de aumentar as aquisições de material militar. Apesar de evitar o pior cenário, a tarifa de 15% representa um aumento significativo face aos níveis anteriores, que se situavam maioritariamente entre 1% e 2% antes da escalada de tensões, e superior à taxa de 10% que Bruxelas procurava, à semelhança do acordo britânico. O pacto ainda necessita de ratificação pelos 27 Estados-membros.
