A Associação de Construtores Automóveis Europeus (ACEA) considerou o acordo um “passo importante para reduzir a intensa incerteza”, mas sublinhou que as taxas mais elevadas “continuarão a ter um impacto negativo não só para a indústria na UE, mas também nos EUA”. De forma semelhante, a associação da indústria automóvel alemã (VDA) alertou que o novo regime “continuará a custar milhares de milhões por ano à indústria automóvel alemã”. Empresas como a Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW, que estavam entre as mais penalizadas, saudaram o fim da incerteza, mas mantiveram-se cautelosas. A Audi, sem fábricas nos EUA, admitiu que a tarifa de 15% a longo prazo a colocará em desvantagem competitiva. A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) em Portugal manifestou preocupação sobre se os fornecedores de componentes estariam abrangidos pelo mesmo teto tarifário, temendo que pudessem enfrentar taxas mais elevadas. A associação defendeu “um teto tarifário único e abrangente de 15% para setores-chave como os automóveis, semicondutores e outros”, para garantir clareza no planeamento industrial. A Bloomberg Intelligence estimou que, apesar dos custos, construtores como a Mercedes-Benz e a BMW poderiam beneficiar de um aumento de lucros de cerca de quatro mil milhões de euros devido à redução da tarifa.
